segunda-feira, agosto 29, 2005

os jardins da lúcia, recordam-se?


Apresentado por JRF/Quinta do Sargaçal , o maravilhoso projecto do Mark O. Hatfield Clinical Center fez-me lembrar os jardins / instalações da Lúcia Sigalho no Hospital Conde de Ferreira, em 2001. A recordar na 1ª pessoa (a artista) aqui.

domingo, agosto 28, 2005

ping ping, poupando água no jardim


Porque a seca se torna cada dia mais crítica, acrescentam-se algumas boas práticas que permitirão diminuir o consumo de água no jardim:

minimizar a necessidade de água
- só um solo saudável, rico em matéria orgânica, consegue conservar a água de forma eficiente. Por isso, uma das principais tarefas será melhorar a estrutura do solo misturando-o com composto ou estrume. Desta forma, a humidade será melhor absorvida e a água chegará às raízes. Embora este princípio seja genericamente válido para quase todos os tipos de solos, haverá alguns que, por serem demasiado argilosos, necessitam ainda de um pouco de areão para impedir que seque com o calor.
- cobrindo a superfície do solo, em torno das plantas, evita a evaporação e optimiza a poupança de água. Assim, deve-se espalhar estilha, cascas de árvore, gravilha ou outro tipo de cobertura à volta da base das plantas.
- as ervas daninhas competem com as plantas pelo consumo de água. Por isso, devem ser arrancadas (a cobertura do solo tem também a vantagem de prevenir o seu aparecimento).
- as plantas autóctones estão melhor preparadas para enfrentar as condições do local onde são plantadas. Em tempo de seca, a escolha de novas plantas deverá incidir nas espécies mediterrânicas, mais habituadas ao calor e falta de água.
- a acção perniciosa do vento pode ser diminuida através da instalação de tapa-ventos artificiais ou naturais. As sebes de alfazema, tomilho ou rosmaninho dispostas em volta dos canteiros não permitirão que o vento seque as plantas.
- as trepadeiras devem ser plantadas um pouco afastadas das paredes e muros, que absorvem igualmente humidade.
- a relva não aparada e alta faz mais sombra no relvado, diminuindo a sua necessidade de água.

rega eficaz
- a rega pela manhã cedo ou ao final da tarde evita a evaporação pelo excesso de calor.
- a necessidade de água varia de planta para planta. Muitas não precisam de ser regadas todos os dias.
- a rega por aspersão deve ser substituida por rega directa. A primeira gasta demasiada água e dirige-a normalmente para as folhas e não para o solo. Em alguns casos, é aconselhável a escavação de uma cova à volta da planta para que a água se concentre aí.
- é preferível uma rega abundante mas esporádica do que uma rega frequente mas em pequenas quantidades. Isso permite que a água penetre no solo, o que evita que a planta tenha de procurar água na superfície (e, consequentemente, desenvolva o seu sistema de raízes à superfície do solo).
- a instalação de um sistema de rega gota-a-gota pode ser uma solução interessante, particularmente para as hortícolas. No entanto, uma instalação deficiente pode arruinar qualquer boa intenção de poupança!

Para mais informação, consultar:
ROBINSON, Peter - Jardins resistentes à seca - Sugestões criativas para o cultivo de plantas resistentes à seca. Porto: Dorling Kindersley-Civilização Editores Lda., 2002
GREEN, Charlotte-Gardening Without Water. Search Press, 1999

quarta-feira, agosto 24, 2005

ainda as amoras silvestres

As amoras

O meu país sabe as amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.


Eugénio de Andrade, O outro nome da Terra

terça-feira, agosto 23, 2005

aviso a todos os recolectores de amoras


Diz a sabedoria popular que na véspera do dia de S. Bartolomeu (comemorado amanhã, dia 24 de Agosto) o diabo anda à solta e cumpre o péssimo hábito de ... "regar" as amoras.
Está encontrada a razão pela qual estes deliciosos frutos silvestres acabam por se tornar moles e peganhentos! *: )

sábado, agosto 20, 2005

pelargonium*


Antes da invasão das petúnias (ai, odeio estas modas!), havia muitas mais varandas portuguesas a exibir os seus vasos de sardinheiras de cores vistosas : ( Era cá um festival de carmim e vermelhão!!

A nossa casa era portanto uma casa portuguesa, com certeza! No final do Verão, a minha Avó (a quem pertencia o "pelouro" das sardinheiras, flores de liz e orquídeas) retirava algumas estacas da planta-mãe de cada uma delas e plantava-as em vasos que trazia para dentro de casa. Uma vez que muitas das sardinheiras que ficavam no exterior sucumbiam ao frio do Inverno, esta operação garantiu a continuidade da sua plantação.

* Erradamente chamadas gerânios (são parentes dos gerânios rústicos), as sardinheiras são classificadas no género Pelargonium.

quarta-feira, agosto 17, 2005

de volta


... a tempo de ler a bela notícia do Público que anuncia os três novos estudos publicados na Science sobre o conhecimento do mecanismo que controla a floração das plantas.
Um gene (FT) activado de acordo com aquela e uma proteína (FD) que "comanda" a transformação das células estaminais em flores (e não em folhas) são essenciais para desencadear o processo de floração. O primeiro encontra-se na folha e a segunda no botão da planta.
A variação da exposição solar é avaliada pela folha. Na altura indicada para a planta florir, o gene FT presente nas suas folhas produz as moléculas que actuam como mensageiras junto do botão da futura flor. Poético ... : )

(obrigada JRF, Manuela e Medronho pelos votos de boas férias! Vou já ler as novidades nos respectivos blogs. )