As amoras
O meu país sabe as amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.
Eugénio de Andrade, O outro nome da Terra
quarta-feira, agosto 24, 2005
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7 comentários:
Parabéns pelo Blog.
Está muito interessante.
Foi com todo o prazer que criei um Link, do meu para o seu Blog.
Voltarei assiduamente...
Visite
Olá!
Gosto muito do teu blog.
Tomei a liberdade de o adicionar como link ao meu.
obg pela visita!
humm humm amoras....são tão boas!!
Lembro-me de em criança ir no Verão com o meu “bando” às amoras silvestres, depois de uns quantos mergulhos no rio… sabíamos de cor onde nasciam e cresciam, sabíamos como evitar os espinhos e não nos importávamos com a cor com que a nossa língua ficava. Preferíamos as que cresciam perto dos muros, porque dava jeito comermos sentados e bem acomodados. E depois do repasto ainda colhíamos mais algumas para levar à mãe ou avó e depois ficávamos à espera da tarte ou da compota…
Ainda hoje não resisto a colher algumas sempre que as encontro e parece-me sempre que trazem consigo cheiros e sabores da infância!!!
Já agora, a título de curiosidade, passem pela Estalagem das Amoras, em Proença-a-Nova: http://www.estalagemdasamoras.com/
Gabifila
gabifila!! surpresa!!
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