domingo, fevereiro 12, 2006

barcelona botànic


melianthus major (jardí botànic de barcelona)
É sempre um prazer viajar até Barcelona, uma cidade onde nunca se esgotam as aliciantes propostas de visita. Se a ida aos principais monumentos e equipamentos culturais se torna quase impossível ao fim-de-semana, há que procurar alternativas fora dos locais turísticos mais óbvios.
Um passeio pelos parques e jardins de Barcelona (com destaque para o Parc del Laberint d'Horta, um belo jardim-museu neoclássico), uma visita ao mercado da Boqueria e às suas tendas de floristas em plena Rambla ou uma manhã passada entre as espécies mediterrânicas do jardim botânico são alguns dos programas alternativos a realizar ao ar livre nesta cidade cheia de sol.
Destas três sugestões, destaco o Jardí Botànic de Barcelona, criado em 1930 em pleno parque de Montjuïc. Inicialmente, foi pensado como um jardim botânico histórico especializado na vegetação da Catalunha. Com o decorrer do tempo, foram sendo incorporadas novas colecções de plantas dos Pirinéus e das Ilhas Baleares, passando o jardim a desempenhar um importante papel na conservação da biodiversidade.
Após um período complicado em parte originado pela construção dos novos equipamentos olímpicos nas imediações, o jardim botânico fechou para restruturação.
O novo jardim foi aberto ao público em 1999, com uma nova proposta: a de representar a vegetação mediterrânea de todo o Mundo. Assim, e embora a sua procedência geográfica seja variada, o jardim dedica-se à conservação e divulgação de inúmeros exemplares botânicos de diferentes regiões do mundo com clima mediterrâneo (Austrália ao Chile ou mesmo África do Sul, por exemplo). Todos estes lugares correspondem ao mesmo tipo climático, caracterizado por verões quentes e secos, invernos suaves com geadas ocasionais e concentração de chuvas na primavera e outono.
A distribuição das plantas no jardim está pensada de acordo com as diferentes proveniências e estende-se ao longo de 14 hectares.
Neste precioso catálogo ao vivo podem conhecer-se de perto as variedades de espécies botânicas, descobrindo o seu verdadeiro nome e a sua classificação.
Ou ainda aprender algumas combinações de plantas, como por ex. a phoenix canariensis + aeonium arboreum que irei reproduzir no meu jardim.
De regresso ao centro, uma passagem pela Livraria Laie fecha o "programa botânico" em beleza. Apesar de não se tratar de uma livraria especializada no tema, a oferta de títulos sobre botânica, jardins e paisagem compensou a visita.
Mas, sobre isso, falaremos na próxima quarta-feira *: )

5 comentários:

Sofia Pinheiro disse...

Estou a tomar nota das sugestões. De Barcelona só conheço o óbvio e por livro. E ainda por cima cheira a chocolate?

jardineira disse...

sim, e não é poesia! *:) Como estava frio, o cheirinho a chocolate quente andava no ar por todo o Bairro Gótico!!

::anap:: disse...

Acabei de descobrir seu blog, farei muitas passagens por aqui, pois me encantou!
Parabéns! Abraço do Brasil, Ana.

jardineira disse...

Eu também já li algures "Eónio"... cá por casa também conhecidos por "os cactos-praga" que a minha Avó teimava em fazer proliferar em tudo o que era vaso livre *:). Eu penso que muitos dos nomes comuns são bem anteriores aos exercícios de classificação botânica.Se, nalguns casos se mantiveram, noutros prevaleceu uma adaptação do latim. (Assim, de repente, lembro-me dos casos do girassol / helianthus annuus ou perpétua-das- areias/helychrysum italicum. Um exemplo contrário será o do origanum/oregão ou viola odorata/violeta-de-cheiro.)Por outro lado, o português é uma língua latina... Ora aí está um belo tema para as nossas pesquisas.

jardineira disse...

João, obg!!